quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O futuro dos livros

Segundo um artigo que li in ípsilon (Público) o futuro será certamente digital. Os editores e e os bibliotecários sentem-se divididos, entre o passado analógico e o futuro electrónico. E como ainda ninguém resolveu o problema da preservação dos textos em formato digital, há riscos. Muitos leitores colocam a seguinte questão: Como será daqui a 20 anos? Vou destacar algumas afirmações interessantes do artigo que li:

"Já tivemos a morte do livro, a morte dos autores e, agora, a morte das bibliotecas: então eu não acredito na morte. A verdade é essa!", diz com o seu apurado sentido de humor o historiador norte-americano Robert Darnton, director da Biblioteca da Universidade de Harvard desde 2007.

Para o historiador Robert Darnton: "Mais um milhão de novos livros serão publicados este ano em todo o mundo. É absurdo declarar que o livro está morto! Se olharmos para a história do livro e da comunicação, uma das lições a tirar é que um 'media' não substitui os outros", diz. A rádio não matou os jornais, a televisão não matou a rádio, o cinema ainda continua forte apesar de termos a Internet. Claro que é importante reforçar que o futuro será digital, acredita, mas isso não significa que o livro impresso esteja morto. Acha que vamos passar por um período de transição e que teremos que inventar novas formas em que o livro digital e o livro analógico se completam. Para Robert Darnton, esse vai ser o futuro dos próximos 20 anos: "Depois disso, quem sabe?"

O director da Biblioteca Universitária de Harvard confessa que não lê livros em máquinas. "Provavelmente devia fazê-lo, não tenho nada contra. Mas adoro papel e livros antigos. Sinto-me confortável. Gosto de andar para a frente e para trás e acho que o códex é uma das melhores invenções de todos os tempos."

Robert Darnton afirma: "Apesar de eu estar ligado ao livro impresso, só posso dizer que o futuro é digital".

O historiador Peter Burke sublinha que "os livros que sobreviverem terão tendência a ser mais pequenos, mais fáceis de ler com o Kindle ou com outros dispositivos como o iPad. Estou preocupado com o futuro de clássicos, como 'Guerra e Paz', de Tolstoi. Não vejo as pessoas a pegar num Kindle para ler um livro com mil páginas..."

Para o director da Biblioteca da Universidade de Harvard "o pesadelo é o desaparecimento dos livros digitais, porque a maioria dos textos que escrevemos hoje nasceram já digitais. Vivemos num mundo em que a digitalização é dominante, mas ainda ninguém resolveu o problema tecnológico da preservação dos textos em formato digital. O 'software' torna-se obsoleto, o 'hardware' fica obsoleto."

Para aprofundar o artigo clique in ípsilon

2 comentários:

fernando disse...

Olá Claúdia,em primeiro lugar muitos parabens pelo seu blogue, eu sou Assistente Técnico numa biblioteca universitária do continente e sou um frequentador assiduo deste seu espaço,venho sempre ver as novidades que nos apresenta, deixo-lhe umas sugestões para poder colocar no blog se assim o entender. Essas sugestões tem haver com livros que li recentemente,são eles: Não digas a ninguém e Alma e mistérios de vida, da Luisa Castel Branco( posso dizer que a escrita dela é fascinante, com uma beleza desconcertante; Os três livros do Carlos Ruiz Záfon: Sombra do Vento, Jogo do Anjo e Marina( este ainda não o li, chega hoje às livrarias, e estou ansioso para o ter nas minha mãos, e claro para terminar, o "livro" do José Luis Peixoto, que saiu a semana passada e já se encontra em primeiro lugar do Top Bertrand!Obrigado

Cláudia Lopes disse...

Olá Fernando! Obrigado pelo elogio e por consultar o meu blogue. Também agradeço as suas sugestões e vou adoptá-las. Realço que tenho outro blogue - rotadasleituras.blogspot.com- onde já coloquei um post sobre o lançamento de "O Livro" de José Luís Peixoto.

Obrigado e cumprimentos!