sábado, 24 de janeiro de 2009

Notas sobre o Congresso - "Formar Leitores para ler o Mundo"

O Congresso "Formar Leitores para Ler o Mundo", que decorreu na Fundação Gulbenkian foi um sucesso ,pois decorreu em sala cheia. O congresso surgiu no âmbito do projecto Gulbenkian Casa da Leitura que tem já um milhão e quatrocentos mil visitantes.
O congresso permitiu que a discussão e análise de políticas, estratégias e métodos para formação de novos públicos leitores. O evento encerrou com um debate muito vivo e bem-humorado em que participaram José Barata Moura, Fernando Savater e Eduardo Marçal Grilo.
"O livro e a leitura são compatíveis com a televisão, a Internet e os jornais e o diálogo directo", disse Eduardo Marçal Grilo, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, "há um enorme trabalho a desenvolver para promover a leitura que não cabe só à escola. Trata-se de uma causa da família e de tudo quanto nos rodeia, nomeadamente os meios de comunicação social."
"O encontro fechou com chave d'ouro com uma mesa-redonda risonha e brilhante, moderada por António José Teixeira, e integrada por Fernando Savater, José Barata Moura e Eduardo Marçal Grilo.
Para o ex-ministro, "ler é como andar - é poder viajar no espaço e no tempo", dir-se-ia "um acto de liberdade".
Fernando Savater, considera a leitura "uma droga dura, uma forma de vida, uma paixão que nos abre e fecha caminhos.
Para José Barata Moura, "a leitura deve ser integrada numa concepção de cultura como alargamento da experiência e vivência com os outros. Savater interviu, citando Marcel Proust, para quem os livros eram "uma amizade sem frivolidade", o filósofo falou ainda da leitura como forma de possessão. Como se ensina esta paixão?", pergunta. "Não sei, a minha mãe contava-me histórias, é por contágio."José Barata Moura, aliás como todos os intervenientes, sublinhou que promover a leitura não se conjuga com o imperativo "(Lê!"), mas sublinha que "há quem por aí considere que "riscar a cultura é uma medida profilática porque esta se torne num impecilho da acção. Ora eu acho que os sentidos educam-se!"

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