A crise económica mundial é actualmente o assunto mais abordado pelos media e consequentemente pelos cidadãos. Na verdade, a crise e a recessão que todos os países estão a sentir afecta também os Ministério da Cultura, onde se inclui o universo das bibliotecas. Vou-me apoiar no caso dos EUA, onde as bibliotecas têm atravessado um período turbulento. Efectivamente, paira a ameaça de fecharem algumas bibliotecas (por ex. a Biblioteca pública de Newark); tem havido cortes orçamentais e despedimentos de profissionais da informação. Todavia, a crise é como uma moeda para as bibliotecas, ou seja, tem um reverso. Deste modo, acarreta alguns benefícios, pois em época de crise convém poupar e utilizar todas as estratégias possíveis para alcançar esse objectivo. Como a biblioteca pública pode auxiliá-lo durante a crise? Passo então a enumerar algumas estratégias de poupança:
1. Recorra ao empréstimo domiciliário (livros, DVD´s e outros materiais) Especialmente útil para quem não dispõe de meios financeiros para a compra de livros e outros materiais.
3. Pode passar os seus tempos livres e entregar-se ao lazer numa biblioteca, o que obviamente não implica gastos, em vez de se dirigir a locais onde o impulso para o consumismo pode se manifestar. Este conselho é especialmente útil para quem tem filhos. Na verdade, pode dedicar-se à leitura de livros, revistas/jornais e ainda tem ao seu dispor DVD´S , CD´S e a Internet. Em relação, ao público infantil existe uma variedade de actividades pedagógicas e lúdicas (por ex. hora do conto, ateliers, worshops, e etc) o que lhes permite ocupar o seu tempo. Para o público juvenil, a oferta é idêntica à do público adulto, porém acrescento as revistas infantis, os jogos de computadores e a banda desenhada.
Em suma, acredito que estas estratégias já estão a ser utilizadas por alguns utilizadores e serão adoptadas por outros. Temos por exemplo , a biblioteca de Balwin (EUA) em que o número de utilizadores cresceu 10% por ano, nos últimos 7 anos, pois o espírito de consumismo está a dar lugar ao espírito de poupança.
Cláudia Lopes (23.01.09)
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