Acabou de ser inaugurada em Pequim a terceira maior biblioteca do mundo, com uma área de 80 mil metros quadrados. A Biblioteca Nacional da China é um original em termos arquitectura, pois ocupa um retângulo suspenso de 120 metros de comprimento em aço escovado e vidro no tecto - para valorizar a luz natural. A base é em pedra, mas o revestimento interno da principal sala de leitura, de três andares, é de madeira, como nas antigas bibliotecas.
É de destacar que a obra foi projectada pelo escritório alemão Engel e Zimmermann; a monumental edificação foi preparada para receber 12 milhões de livros, mas atualmente tem 600 mil. A instituição tem 2.900 assentos, 460 computadores e oferece acesso à internet sem fio (wi-fi). Os utilizadores poderão usar leitores de livros digitais em palmtops para acessar os mais de 200 mil gigabytes de arquivo digital da instituição.
Literatura controlada/ Direitos informacionais bloqueados
Na Biblioteca Nacional asssistir-se-à a uma política de controle de informação do Partido Comunista. Não há uma única publicação estrangeira ou livro em inglês na nova biblioteca. Só livros em chinês. Sinceramente , isto é o caos .... o cúmulo da ignorância.
Também vai ser inútil procurar nos catálogos obras que tratem de sexo e erotismo, considerados "poluição espiritual". Igualmente difícil vai ser encontrar livros que falem de temas espinhosos como os protestos na Praça da Paz Celestial ou no Tibete, ou ainda sobre a seita Falun Gong e até sobre direitos humanos.
Enfim, cabe aos chineses conquistar a sua liberdade informacional e não só. Esperemos que eles se dêem conta do quanto perdem ao deixarem que o regime comunista vigore e restrinja os direitos de consultarem obras sobre qualquer tema e de qualquer país.
Fonte: Folha Online
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