Divulgação dos e-books
Os e-books (também designados por livros digitais; eletrónicos ou virtuais) têm sido muito divulgados, principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra, contudo as suas potencialidades ainda são desconhecidas pela maioria da população mundial. Podemos aceder a uma gama variada de exemplares disponíveis para consulta e/ou aquisição, o que gera uma maior difusão do saber. A literatura alargou os seus espaços, pois há uma quantidade incalculável de obras nas “estantes virtuais”. Os e-books são livros que se encontram em formato digital para que seja possível visualizá-los através de um computador ou dispositivo móvel (tablets, smartphones, leitores e desktops). Em 1971, o pesquisador Michael Hurt criou o Projeto Gutenberg, ou seja, a primeira biblioteca digital do mundo, o que permitiria a criação e divulgação de e-books.
A aquisição de livros digitais apresenta inúmeras vantagens, pois verifica-se uma facilidade para realizar o download de livros, jornais e revistas, através da internet. É de realçar que um e-book pode ser lido com pouca luz ou mesmo na escuridão. Muitos dos e-readers (aparelhos de leitura de livros digitais) de novas gerações já podem apresentar movimento, aumentar e diminuir a fonte da letra, efetuar buscas por palavras-chave, permitir anotações, etc. Além disso, a portabilidade e o armazenamento são ótimos, porque é possível transportar uma série de livros num único dispositivo, ou seja, a nossa biblioteca caberá no bolso. A edição, divulgação e acesso aos livros digitais atinge assim uma esfera muito maior. Outra vantagem é que podem estar múltiplos utilizadores em simultâneo a consultar e a manipular a mesma obra. A pesquisa de termos ou palavras é mais rápida e eficaz, através dos métodos de busca dos dispositivos. Por último, a produção de e-books não requer papel, nem tinta, sendo muito benéfico em termos ambientais.
Como estamos a viver um período de transição na história do livro, muitos leitores salientam algumas características favoráveis dos livros tradicionais em relação aos livros digitais. Tem-se constatado que o processo de leitura é mais lento e cansativo nos e-readers e que não é possível realizar anotações manuais. Verifica-se uma quantidade reduzida de exemplares em determinadas áreas do saber. Outra desvantagem é o preço elevado dos dispositivos, não sendo acessíveis a grande parte da população mundial. Tem também a questão da dificuldade de uso, pois muitas pessoas têm sérios problemas ao lidar com dispositivos eletrónicos. Muito preocupante é a crescente prática de crime contra os direitos de autor, pois estando os livros em formato digital torna-se fácil copiá-los. Ao invés de receber direitos autorais pelas obras vendidas, o autor veria a reprodução e disseminação de suas obras pela Internet, sem receber nada por isso.
Concluindo, seguindo a citação de Fernando Pessoa: “primeiro estranha-se, depois entranha-se”, ou seja, os utilizadores irão estranhar inicialmente a leitura dos e-books, mas acabarão por se habituar. Efetivamente, o e-book já é uma realidade que promete alterar radicalmente a leitura e comercialização da escrita, com vendas previstas de baterem recordes num futuro próximo.
Artigo de Cláudia Lopes
1 comentário:
Estou lendo o primeiro e-book de muitos que baixei...confesso que sinto falta de dobrar a página, sentir o "cheiro"...(sou cinestésica) mas concordo plenamente com este trecho do artigo:
"os utilizadores irão estranhar inicialmente a leitura dos e-books, mas acabarão por se habituar."
Abraços!
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