Hoje comemora-se o Dia Mundial da Poesia com várias actividades e iniciativas. No meu blogue deixarei um poema de um ilustre poeta que ilustra claramente a "relação íntima" que terá que existir entre a poesia e o leitor.
Ver Claro
Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar.
In ANDRADE, Eugénio de - Os sulcos da sede. Porto: Fundação Eugénio de Andrade, 2001. (Obras de Eugénio de Andrade, 29).
1 comentário:
Olá! Lindo poema.venho deixar um beijo e desejo sorte na vida.
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