Ler um livro em voz alta pode ser considerado pirataria? O novo aparelho que reproduz livros electrónicos da Amazon, o Kindle 2, tem gerado polémica no mercado editorial norte-americano desde seu lançamento por causa de uma função que faz algo parecido com uma leitura robótica dos livros electrónicos. A ferramenta, que está na segunda versão, é uma espécie de "iPod dos livros". O Kindle 2 reproduz na tela uma versão eletrónica de um livro comprado pelo utilizador no próprio site da Amazon.com. Como gadget também é capaz de "ler" em voz alta o texto do e-book, isso causou controvérsia entre editores e agentes literários nos EUA. De acordo com o Wall Street Journal, o presidente do sindicato dos autores, Paul Aiken, afirmou que comprar o livro electrónico e instalar no aparelho não dá ao utilizador o direito de ouvi-lo em voz alta, em áudio. Segundo ele, essa reprodução configura "um direito de reprodução auditiva, que está previsto na lei de direitos autorais". De acordo com o advogado Rony Vainzof, especializado em direito electrónico e autor de livros sobre o tema, no Brasil uma situação como essa dificilmente caracterizaria violação dos direitos autorais.
Trata-se de uma questão complexa que motiva muita reflexão e diferentes opiniões. Aguardo a sua opinião sobre o assunto.
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