domingo, 11 de janeiro de 2009

Estudo: "Ler na Alemanha 2008"

Ler na Alemanha 2008, o terceiro estudo da série sobre o comportamento de leitura, revela uma mudança nos hábitos da nação, com tendências positivas e negativas. A Fundação Lesen ("ler" em alemão), de Mainz, em suas pesquisas mais recentes, partiu das seguintes questões: o que lê a população, como lê, por que e por quanto tempo?

Primeiro, a má notícia: o prazer de ler escasseia no país. Enquanto em 2000 um terço da população adulta e adolescente da Alemanha ainda lia entre 12 e 50 livros por ano, em 2008 apenas um quarto cumpre o mesmo volume de leitura. Outros 25% da população nem encostam o dedo num livro, uma proporção que se manteve constante nos últimos anos.

Uma solução muito viável é, sem dúvida, a infraestrutura das bibliotecas públicas. Que são, naturalmente, uma espécie ameaçada, em face aos cortes orçamentários. Afinal, de que serve uma instituição que não pode comprar livros novos ou só funciona em horários limitados para reduzir custos de pessoal?

Todavia, a pesquisa trouxe uma descoberta surpreendente: destacou-se uma nova "classe média de leitores", formada por adultos com histórico de migração, porém com bons conhecimentos do idioma alemão.Este grupo leva a sério a leitura como aspecto da educação. Esta é, portanto, a boa notícia: 36% dos entrevistados com ascendência estrangeira admitiram que, várias vezes por semana, se entregam inteiramente à leitura, 11% até mesmo todos os dias.

Por último, como em outros países industrializados, na Alemanha "ler" significa, cada vez mais, "ler no monitor". Porém o estudo também mostrou que a maioria não abriria mão do livro impresso. O motivo é que na tela é mais fácil o leitor se perder.

Fonte: DW-World

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